Durante o recesso de final de
ano, além das 1001 resoluções e novas ponderações – inclusive sobre resoluções,
mas isso é para outro momento, li bastante. Comprei 09 livros novos e já estou
na metade da pilha, os assuntos, variados. Desde “O Pequeno Príncipe” de Antoine
de Saint-Exupéry até “Sobre A Concepção Das Afasias Um Estudo Crítico” de
Freud. Passando pelos títulos mais inusitados.
Um deles escolhi a partir do topo
da lista de mais vendidos do jornal O Globo, o autor já conhecia, John Green
autor de “À Procura de Alaska” e do agora sucesso absoluto, “A Culpa é das
Estrelas”. Fui relutante no início, pois não tinha achado o primeiro livro lá
muito legal. Mas, à medida de a leitura vai fluindo, impossível não se envolver
– o twist da história é surpreendedor.
A base da história é uma velha
conhecida de quem gosta de romance (especialmente, aqueles que envolvem
protagonistas adolescentes). Ou seja: menina conhece menino – menino é
extremamente encantador e charmoso – menino se apaixona declaradamente por
menina – menina esconde atrás da insegurança (e do medo) a paixão pelo menino –
menino conquista menina – menina supera o medo.
Normal, não? Agora adicione o
fato de que estes adolescentes, além de viverem com todas as dificuldades e
desafios desta faixa de idade, ainda vivem com câncer. Hum. Improvável romance?
Improvável talvez não, mas não é a típica historia que vemos nos livros. Acabei
o livro em uma manhã, tanto na busca pelo desfecho da história, quanto
intrigada pelas frases que o autor divide. Sim, em grande maioria, são tidas
como “autoajuda”. Difícil ser diferente em se tratando de uma história que
envolve algum tipo de enfermidade.
O livro vale a leitura, se não
pelo romance, pela forma como eles encaram a vida. É uma perspectiva diferente
da abordagem comum – pessoas que não vivem com doença, geralmente não veem nos
enfermos, o que eles realmente passam para encarar a realidade da vida. Vários diálogos
do livro me fizeram sentir mais próxima desta realidade, e compreender que na
grande maioria das vezes, não entendemos o que se passa com outra pessoa.
Nossa definição de força é
completamente diferente, inclusive, a definição que achamos que algumas pessoas têm. Assim como, o conceito de tempo. Engraçado como
este é um dos conceitos mais flexíveis que existe, apesar de ser contado da
mesma forma, segundos que viram minutos, que viram horas, que viram dias, que
são semanas, meses, anos, uma vida. Tem pessoas que vivem um ano em um minuto e
outras que passam a vida, atrás da oportunidade de viver um minuto.
Deste livro, realmente é possível
escrever muito, encontrei nele algumas belas passagens. Para que eu possa rever
algumas, preciso transcrevê-las e revisitá-las de tempos em tempos. As próximas
linhas são justamente para isto. Agora, se você ficou com vontade de ler o
livro e não quer que eu revele o final do livro, pare sua leitura por aqui. Leia
o livro, depois, se quiser, volte. Ou, faça você também, sua seleção de
passagens.
. Cancer kids are essentially side effects of
the relentless mutation that made diversity of life on earth possible.
. … whatever, they always list depression among
the side effects of cancer. But, in fact, depression is not a side effect of
cancer. Depression is a side effect of dying. (Cancer is also a side effect of
dying. Almost everything is, really).
. “All salvation is temporary” Augustus shot
back. “I bought them a minute. Maybe that’s the minute that buys them an hour,
which is the hour that buys them a year”.
. “No, it’s OK,” I told her. If we’d put them
in a vase in the living room, they would have been everyone’s flowers. I wanted
them to be my flowers”.
. I told myself that imagining a met in my
brain or my shoulder would not affect the invisible reality going on inside of
me, and that therefore all such thoughts were wasted moments in a life composed
of a definitionally finite set of such moments.
. There’s nothing easy about this for any of
us, but you take your humor where you can get it.
. Were she better or you sicker, then the stars
would not be so terribly crossed, but it is the nature of stars to cross.
. … thinking that I would give up all the sick
days I had left for a few healthy ones.
. … that I was living with cancer not dying of
it.
. “All efforts to save me from you will fail”,
he said.
. Even then, it hurt. The pain was always
there, pulling me inside of myself, demanding to be felt.
. “You know how to shut me up, Hazel Grace”. “It’s
my privilege and my responsibility” I answered.
. … And in freedom, most people find sin.
. “People always get used to beauty, though”.
. …we saw pages form Anne’s diary, and also her
unpublished book of quotations. The quote book happened to be turned to a page
of Shakespeare quotations. For who so
firm that cannot be seduced? she’d written.
. … and only now that I loved a grenade did I
understand the foolishness of trying to save others from my own impending
fragmentation: I couldn’t unlove Augustus Waters. And I didn’t want to.
. It seemed like forever ago, like we’d had
this brief but still infinite forever. Some infinities are bigger than other
infinities.
. But, Gus, my love, I cannot tell you how
thankful I am for our little infinity. I wouldn’t trade it for the world. You
gave me a forever within the numbered days, and I’m grateful”.
. "… Grief does not change you, Hazel. It
reveals you”.
. I could imagine it. I could remember it. But
I couldn’t see it again, and it occurred to me that the voracious ambition of
humans is never sated by dreams coming true, because there is always the thought
that everything might be done better and again.
. … little kids figuring out how to be alive,
how to navigate a world that was not built for them by navigating a playground
that was.
. The marks humans leave are too often scars.
. … tried to imagine a world without us and for
about one second I was a good enough person to hope she died so she would never
know that I was going, too. But then I wanted more time so we could fall in
love. I got my wish I suppose. I left my scar.