A destreza com eletrônicos é uma marca de quem nasceu nos
anos 80. Vimos a internet nascer, os computadores diminuírem, os celulares
aparecerem (e diminuírem). Na era do @, já estávamos completamente aclimados
com a tecnologia. Do ICQ, ao Messenger ao chat do Facebook.
O mesmo com aparelhos eletrônicos surge o DVD, Blueray, a
televisão com USB e HDMI. Do Tijorola, ao iPhone, passando pelo Motorola V3,
Samsung Slin e tantos outros. A evolução tecnológica acontece sob nossos
olhares curiosos. Cada vez que vem ao mercado uma nova versão, bastava
colocarmos a mão nele e sabíamos operá-los como se tivéssemos nascido com o
manual de instruções armazenado no cérebro.
Lembro de receber ligações de mamãe, perguntando como mudar
a entrada da televisão e ligar o DVD. Passo a passo, guiava-a pelas instruções
que já sabia de cor. O mesmo acontecia com programas de computador. “Como faço
para animar apresentação no power point?”. Me pegava pensando, como é que pode
ela não ter decorado isso ainda? Como sempre está perdida? É tão fácil,
praticamente autoexplicativo.
Pois bem. Eis que, 31 anos depois, estou sentada na sala
assistindo à TV em companhia de uma amiga nos seus 20 anos. A televisão começou
a fazer algo fora de sua rotina, passei a mão no controle e numa tentativa
frustrada, vi minha amiga resolver o problema com dois cliques apenas. Ainda fui
agraciada com aquele sorriso irônico, que me dizia que ela estava pensando o
mesmo que tantas vezes pensei “como pode ela não saber resolver isto?”.
Pronto, foi exatamente no dia 16/02/13, que vi que não estou
mais no grupo dos descolados. Agora entendo que, quando nos damos conta, as
coisas simplesmente não fazem mais o sentido que faziam antes e não são assim,
tão fáceis. A intimidade que tínhamos com os aparelhos não mais nos pertence.
Admito que não gosto muito dessa situação, o que acontecerá
agora? Daqui a pouco, vou precisar de ajuda para acertar o relógio do micro-ondas.
Af.
Nossos filhos irão dizer: "Mãe como tu não sabe isso?". Isso não irá demorar muito. Dê um Iphone na mão de um bebê e apenas e não mais que três tentativas o teclado estará desbloqueado. A geração high-tech nos atropelará e seremos a geração que nasceu com isso, mas precisa mesmo é se adaptar em ler um manual.
ResponderExcluirSim amiga, já estou me rendendo aos manuels...
ResponderExcluirpois é.... nada como um dia depois do outro rsrsrsrsr
ResponderExcluirPois é Dra. Agora, vamos precisar encontrar alguém outro que esclareça nossas dúvidas!
ResponderExcluirOi Julia
ResponderExcluirHá quanto tempo...
Você deu sorte. Eu já fui o único passageiro em um aviãozinho pequeno, que fazia a rota Los Angeles-Santa Bárbara. Sentei na última fila, no meio, é claro. Quarenta minutos. Eca...
bjs
Rafael