junho 10, 2013

A Itália

Começamos por Roma...

Impressionante. Difícil dizer o que mais encanta.

Certamente, uma das coisas mais marcantes é vermos como somos somente um grão de areia, perto da grandiosidade das construções e da força da história local.
A civilização começa ali, de repente, você tropeça em uma pedra e vê que não é uma simples pedra sabão que descolou da calçada. Trata-se de um pedaço de mármore, com mais de 2000 anos de história.

Começamos nossas férias por Roma, chegamos às 23h do dia 11/05 e no dia seguinte, sem perder nenhum minuto, começamos nossas explorações pela cidade. Saímos de lá no dia 14/05 em direção à Veneza, depois Florença, San Gimignano, Cinque Terre e voltamos a Roma.

Foram férias incríveis, com uma companhia inigualável – minha mãe e amigos maravilhosos. A Itália é certamente um país que merece muita atenção e tempo para visitar. Preciso de uns belos 30 posts para descrever os lugares visitados, as situações vividas e acontecimentos inusitados.

Vamos começar por Roma então, aos que tiverem paciência de acompanhar minha viagem, vou tentar dar dicas e fazer uma avaliação de roteiro, que sugeriria para quem quer conhecer este lugar que no primeiro dia virou um dos meus favoritos.

Os romanos são bastante parecidos com os brasileiros, o transito é um caos, mas as pessoas se entendem. Todos buzinam, mas seguem tranquilamente. Falam alto, mas com carinho – dependendo da situação, é claro.
Todo lugar que se vai é lindo, todo restaurante é no mínimo bom (valendo três garfadas do Globo). Os vinhos então, nem se fala.

Difícil ficar triste ou deprimido em Roma.

Programação para um dia
. Museu do Vaticano
            É uma visita que pode durar até 3 horas, são várias salas, muito bonitas (os mosaicos do chão chamam muito a atenção). Ela termina, mais ou menos, depois da Capela Sistina. Tem várias lojinhas para presentes e lembrancinhas, podes comprar tudo na rua também. Na rua que vai até lá, tem supostamente um dos melhores Gelatos de Roma, a Gelateria Frullati.
. Almoço no Hotel Colombus
 Ele fica na Via della Conciliazione, 33 – rua em frente ao Vaticano. De costas para a Basílica de São Pedro, ele é à direita. O restaurante é descendo a escada depois da recepção.
. Basílica de São Pedro
            Ao entrar na Basílica, na direita está Pietà de Michelangelo, eu chorei.  O altar é feito por Bernini e abaixo do monumento central (com 4 colunas), está o túmulo de Pedro. Se caminhares pela esquerda da Basílica, tem duas coisas bem interessantes. Uma é museu do tesouro – uma portinha, lá tem a lista dos papas e os ornamentos que eles usam e utilizam. A outra coisa é, chegando mais perto do altar – mesmo que não dê para chegar até lá porque é fechado ao público, podes caminhar em volta do gradil. Quando chegares quase no meio da Basílica, vai parecer que está tudo fechado, mas uma escada dá acesso à tumba dos papas – entre elas, está São Pedro. Supostamente é fechado e só aceita visitas pré agendadas com umas 3 semanas de antecedência, mas nós entramos sem problemas.

No sábado tem feira na Piazza dei Fiori, é a Campo di Fiori – Campo das Flores. Uma feira muito bonita que vale visitar. Eles vendem de tudo lá, desde temperos até vinhos. Ótimo lugar para compras, eles tem trufas negras que são incríveis de tão boas, azeites, bebidas, frutas, legumes e claro, flores.

Esta praça fica ao lado da Piazza Navona, onde estão os monumentos feitos por Bernini. Um deles é a Fontana dei Quattro Fiumi (Fonte dos Quatro Rios). Muito bonita! O cavalo é incrível. À noite é espetacular. A embaixada do Brasil é nesta praça e tem uma excelente opção de Gelato – a Grom. O de chocolate é um romance!

No domingo, fizemos vários passeios: Duomo Romani, uma antiga casa onde eles fizeram um trabalho de projeção mapeada que ficou muito bacana. É uma visita guiada, com efeitos audiovisuais bem interessantes. Este tem que marcar com antecedência para conseguir o tour na língua que preferirem.

Fizemos também o Pantheon, Igreja di Gezi (de Jesus), Piazza Espanha e Fontana di Trevi. Tudo lindo, mas não precisa de muito tempo, dá para passar e ver tudo numa tarde.

Para jantar, neste dia fomos à melhor pizzaria de Roma (ou uma das), trata-se da Pizzeria Dar Poeta. Ela fica no bairro Trastevere – bairro que merece um passeio. É como se fosse uma Lapa de Roma, só que mais bonita. As ruelas são como nos filmes (claro, tudo é, mas essa é mais). Roupas penduradas nas janelas, ruas que passam somente pedestres, clima muito bacana. Tens que chegar cedo, lá pelas 20h, porque o restaurante não é muito grande. A pizza de chocolate para sobremesa é vencedora.

Outro restaurante incrível é o La Campana, próximo da Piazza Navona também. Eles são conhecidos pela alcachofra frita – parece estranho, mas é maravilhoso. Restaurante bem italiano, não tem muitos turistas.

Uma opção mais “chiq”, pode ser o Ristorante Giuda Ballerino. Muito bom, o chef é maravilhoso. Foi onde a Dilma jantou na última visita a Roma e está no Guia Michelin. Eles trazem muitas surpresinhas na mesa, então pedir o primi piati e uma sobremesa é de bom tamanho. O prato que mais faz sucesso é de Foie Gras.

Visitas imperdíveis: Coliseo e Galeria Borghese. A galeria tem umas seis estátuas de Bernini, todas elas são impressionantes! A Daphne e Apollo foi a que mais me encantou, mas todas são incríveis. Lá também tem uma coleção impressionante de Caravaggio. A visita tem que ser agendada e deve durar no máximo 2 horas – vale a pena concentrar nas peças acima.

Um passeio que não fiz, mas me disseram que é incrível é a visita à Terme di Caracalla, esta impressionantemente não precisa de entrada antecipada. Trata-se de um local de banho da antiguidade. Ruinas de banhos e saunas, com ladrilhos e mosaicos da época. É no caminho para o Coliseu. Fiquei chateada de não poder visitar, está na minha lista como número 1 na próxima ida.

Dicas gerais:
Tudo que se compra dentro dos museus (salvo lápis), pode-se encontrar na rua mais barato;
Na grande maioria, todos os vinhos tintos de Montepulciano são excelentes;
Faça um Visa Travel Card;
Entradas antecipadas, para retirada na hora;
Vale levar para ler antes, um guia Michelin (ou outro, nós levamos também o Eyewitness Travel, top 10);
Vale a pena, pegar nos museus e pontos turísticos o audio guide. Eles fazem um tour pelo espaço explicando as peças e obras de arte;
Se você não precisarem de nada que está dentro da bolsa, é bom deixa-la nos armários que eles dispõe, assim dá para fazer a visita mais tranquila, sem o peso;

Próximo encontro, Veneza!





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